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Ao Orgulho Gay 2017

Foto do escritor: Cícero Pereira LeiteCícero Pereira Leite

Atualizado: 11 de ago. de 2022



Por Cícero Pereira Leite


Aproxima-se o dia da pride(orgulho) 2017, e com certeza haverá de ser um belo evento em muitos países. No entanto, ainda há pessoas que fazem do momento da parada do Orgulho Gay um momento de discurso contra a homofobia, lesbofobia, transfobia entre outras, utilizando-se de palavras e atitudes de intolerância religiosa, e agravo aos símbolos institucionalizados pelas tradições de várias denominações culturais como sagrados, entre imagens e personalidades.


O momento de dizer ao mundo que chega de violência contra a orientação sexual não significa que seja o de atacar a fé alheia, agredir na forma da lei de talião, a lex talionis olho por olho e dente por dente, mas sim, o momento de dizer para aqueles que não respeitam a individualidade e a coletividade da manifestação da sexualidade alheia que o respeito e a tolerância devem prevalecer.


Sabemos que inúmeras são as agressões físicas e maiores ainda as psicológicas que muitas vezes vem daqueles que deveriam acolher em seu coração com humildade e respeito à dignidade humana na unicidade de cada ser, a saber, esses que agridem física e emocionalmente muitas vezes são alguns amigos, familiares, religiosos, e que em suas ações, olhares, palavras, levam muitos a saírem do seu convívio familiar, social e religioso e abrigar-se em lugares onde possam dizer sem medo eu te amo e fazer carinho e demonstrarem ternura um ao outro sem medo de ser repreendido ou agredido.


Muitos também por não suportarem a pressão psicológica, social e religiosa, encontram nas drogas e as vezes enxergam no ato extremo suicídio a saída par aliviar a dor de manter dentro de si uma essência de amor por uma pessoa do mesmo sexo. Aristóteles, filósofo grego, escreveu que nos extremos reside o perigo. É isso que vemos hoje, extremismos em algumas manifestações religiosas, de poder político e também no movimento LGBT que por parte de alguns, às vezes uma minoria de membros ou simpatizantes, diante da revolta com a violência sofrida por muitos age sem pensar nas consequências negativas para o próprio movimento; pior são aqueles que cheios de boas intenções ainda veem na citada lei do talião a forma para combater essas agressões, utilizam de forma exacerbada e equívoca o seu direito democrático de liberdade de expressão para transforma-lo em direito de ofensa e esperar que outro não se sinta ferido e impelido por algum membro a devolver na mesma moeda ou pior.


Não é assim, penso, que poderemos chegar a um consenso e que também essa aceitação social e tolerância religiosa a diversidade sexual será conseguida. Será em cada pequena vitória carregando a bandeira branca da paz, da solidariedade, da unidade, da diversidade étnica, cultural, social, religiosa e sexual que poderemos construir um mundo mais humano, solidário e fraterno, onde todos tenham seus direitos inerentesres peitados.


Todos temos dignidade. O que não aceita a orientação sexual também tem a sua. O que se faz necessário é viver a aceitação do outro como ele é, tolerar que o mundo se apresenta em sua diversidade biológica, psicológica, espiritual, etc.. Tudo é diverso, mas também está disperso num mesmo plano esférico do mundo e isso é bom para a convivência mundial. Lembremos que é da luz branca que sai a diversidade de cores. É a união de todas as cores que geram o aspecto luz branca, e ela brilha, colore, dá vida, renova, mas se nos expomos a ela sem a medida do meio, ela nos será prejudicial.


Por isso, respeitar a dignidade humana, a diversidade, buscar a vivência fraterna entre os povos, as religiões e entre outras manifestações sociais humanas, onde cada um com sua singularidade dentro da multiplicidade de expressões, faz-se necessário para o progresso pacífico da humanidade, e, embora seja um caminho longo a ser percorrido, teremos de percorre-lo, pois, se a lógica prevalecente for a de olho por olho, dente por dente, todos terminaremos ou caolhos, ou cegos e banguelas.

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