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De que vivemos?

Foto do escritor: Cícero Pereira LeiteCícero Pereira Leite

Cícero Pereira Leite


A humanidade tem uma tradição de violência que não espera, apesar da tentativa de muitos, acabar, e isso independe de onde as raízes da mesma partem. Para os que acreditam na criação divina do homem, o primeiro a cometer um crime é Caim ao assassinar num episódio bíblico o seu irmão Abel e assim discorrem, Moisés que segundo Deus o mandou matar a golpe de espadas os idólatras, Davi que mata Golias, César ordena o assassinato de crianças, Pilatos lava as mãos do sangue de Cristo, e ilusoriamente sai da cena dando supostamente ao povo a decisão sobre a vida de Jesus, mas não nos enganemos, o povo queria e Roma “atendeu”, são cúmplices, sem contar que o profeta islâmico Maomé coloca álcool na fogueira com seus ensinamentos fabulosos de um estado de espírito improvável, no sentido de não se provar, incentivando que a morte pela fé gera tesouros. Sim, gera tesouros, para quem vende armas, munição e alimenta como todo ensinamento religioso levado ao extremo, ao fanatismo, os sonhos de um mundo homogeneizado pelo sangue em nome da fé.



Toda moeda tem duas faces. Para Caim há salvação, para os idólatras também, para Golias, Davi, romanos e hebreus, Maometistas e sabe-se lá quem mais também. Tudo é permitido, ou será permissivo? Corroborar a violência, parece que é o que mais se tem procurado pelos homens ao logo dos episódios bíblicos e humanos, embora pareça, não há aqui o interesse de ferir esta ou aquela crença, mas sim, esta ou aquela aprovação da violência como se esta tivesse um caráter divino, uma aprovação do que denominamos celestial.


Mas não é só nos textos religiosos que a violência se faz presente. As historinhas infantis também são um incentivo a violência, apesar de seu caráter pedagógico da observância: o lobo


da Chapeuzinho Vermelho mostra a mentira, a tentativa de assassinato e canibalismo, pois é visto numa perspectiva humana, Chapeuzinho desobedece a mãe, os caçadores atiram no lobo(mau) e aqui se introduz o conceito de mal não como ausência do bem mas como produção da desobediência e nato da natureza do lobo(daí as crianças acreditarem que todo lobo é mau, pois não se mostra que existe apenas um lobo mal, mas sim o conceito se estende a todos), nos três porquinhos mostra que a preguiça produz maus frutos e que o objetivo final é matar o lobo, que morre cozido. Vivo. Deve ter sido uma dor triste.


A bela adormecida mostra que enganos geram tragédias, mostra o lado sombrio da alma humana expressa através de uma fada movida pela inveja; na branca de neve, a morte da mãe é natural, a madrasta é malvada, a menina é envenenada; nas galinhas dos ovos de ouro, tentam roubar a galinha invés dos ovos.


Nas músicas infantis o boi da cara preta pega meninos e meninas, é violento. Será que se ele tivesse cara malhada outra cor, seria menos assustador? Atirem o pau no gato, toquem fogo no circo. De pequeno é necessário que se cante a violência contra todos, animais e inocentemente sejamos incendiários, isso sem contar o que concerne aos desenhos infantis onde entre outros e menos perceptível, cito o pica-pau que tira sossego alheio, Zeca Urubu trapaceia, etc.



Claro que se tratando de desenhos animados não se vislumbra apenas os aspectos maléficos, mas deve-se observar também a lição de que o bem sempre se sobressai sobre o mal e que a trapaça nunca compensa. Mas será que nossas crianças estão prontas para esse tipo de reflexão?


Reflitamos, pois, sobre o nosso dever de vivermos em paz, propagarmos a mesma em consonância com a tolerância e o respeito ao bem mais valioso e insubstituível que temos: a vida!

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