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Guerra por ignorância

Foto do escritor: Cícero Pereira LeiteCícero Pereira Leite

Inúmeras são as pessoas que procuram uma explicação plausível pela razão e encadeamentos lógicos para se guerrear, mas infelizmente são argumentações inválidas para se justificar ato tão dizimável de vidas.


Por Cícero Pereira Leite

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Abram-se as cortinas, e desvele-se o lado obscuro do homem que, na sua incansável luta pela união entre os povos, busca a paz através da guerra. Mostre-se um homem que baseado em princípios ignóbeis massacra vidas por nada, por pedaços de chão que um dia ele terá mais que o necessário, quando sem vida seu corpo repousar numa quantidade de terra que será mais do que a que ele lutou para dominar e possuir, quando uma faixa envolta em qualquer parte de seu corpo, será mais roupa do que a que ele usou durante toda a sua ignorante vida egoísta.


Basta ler os jornais, ou assistir aos noticiários e jornais televisivos, para saber que pessoas morrem inocentemente enquanto seus governantes em palácios suntuosos, reforçados por guardas, paredes seguras e um céu vigiado vinte e quatro horas, declaram coisas as quais são supérfluas e não necessárias, quando culturas assumem que valeu a pena matar em nome de uma divindade que foi criada e moldada conforme o seu bel querer, dando-lhe voz, pernas, ações através das ações e vontades humanas.


Morte a vida! É o que se entende quando crianças são mortas por erro de alvos. Quando museus e monumentos ou cidades históricas são destruídos para dar lugar a uma nova história, escrita com bombas, mísseis, preço do petróleo, egoísmo, ignorância e arrogância humana. Escrever a história apenas a partir desses princípios, é voltar à era em que o homem vivia em aldeias e guerreava pelo fogo e pela caça. Não que não fosse algo justo ou falta de inteligência desses antepassados, mas eles tinham que sobreviver daquela forma, não como nós vivemos hoje, com aparatos tecnológicos para nossa sobrevivência, o fogo e a caça eram necessárias para a sobrevivência da tribo. Hoje, fogo e caça já não são tão necessários como antes, mas a herança de guerrear para se ter algo além do que sua cobiça alcança, sim.


Inúmeras são as pessoas que procuram uma explicação plausível pela razão e encadeamentos lógicos para se guerrear, mas infelizmente são argumentações inválidas para se justificar ato tão dizimável de vidas.


A guerra é causa de mortes, mas a morte não é causa da guerra, pois se guerreassem pelo fim da morte, haveria vida e na terra não haveria a possibilidade de guerra, se lutassem pela paz com argumentações cujas premissas fossem verdadeiras e o seu encadeamento levasse a uma conclusão verdadeira, pela qual se reunissem governantes e governados para validarem o que foi colocado em discussão e assumirem um contrato de paz eterna, que nem mesmo o homem pudesse desfazer, embora utópico, seria a maneira mais viável para se chegar à paz sem precisar da cotação do dólar, do preço do barril de petróleo, sem precisar que


Deus tivesse dado a terra por herança, bem como com fundamentalismo embasado em trechos convenientes de escrituras tidas como sagradas mas que devido à essa visão tornam-se algo abominável, ou também, a prepotência de nações que se alto avaliam e concluem como fim desse processo ter hegemonia e poder suficiente para decidir quem deve ou não morrer, tirando a autonomia de seus povos julgarem por si mesmos quem é culpado ou inocente garantindo o direito de um processo e julgamento justo.


Reorganizar o pensamento ético do homem com relação a sua cultura e suas práticas, expor os reais e persistentes motivos para que se busque a vida em oposição à morte, a paz, em oposição à guerra, o respeito da pessoa humana como fim a que se devem dirigir nossas ações e não como mero meio de satisfação pessoal ou de uma minoria. Elevar o conhecimento da humanidade a ponto de que as escamas que cobrem seus olhos caiam e possa ver que o verdadeiro sábio é aquele que é bom, que possui mais do que conhecimentos, têm a sabedoria e o discernimento do que se faz necessário para o progresso do bem comum, do bem-estar, da felicidade, sem a necessidade de levar pobres ricos seres a um definhamento vital por uma ideologia que há muito deveria ter sido superada.


Pensar a paz não é o suficiente para alcançá-la. Guerrear por ela também não. Lutar por ela sim, mas sem precisar de bombas, mísseis, armas. Apenas uma longa conversa sem trocadilhos mal ditos e mal interpretados, bem como uma conscientização da população mundial de que a paz é um valor que não tem fronteira, e que o bem é algo mais que a ausência do mal, é a realização e a felicidade que a humanidade tanto busca.

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